Ninguém mais conhece este silêncio cheio de ruídos banais que torna tão consciente o facto de não estares aqui.
Ninguém vê as coisas comuns que continuam a acontecer e que materializam a tua ausência nos meus dias.
Ninguém sabe deste medo tão grande que paralisa, que se entranha na pele e ocupa o espaço todo do vazio que ficou.
Ninguém entende esta assimetria na alma que me divide entre a certeza de que não há mais nada a dizer... e a vontade parva de te dizer tudo o que já sabes outra vez.
Ninguém sabe. Ninguém a não ser eu.
E tu... Sim. Talvez tu.
Tu. Que adormeces agora, todas as noites, cada vez mais longe de mim.
E tu... Sim. Talvez tu.
Tu. Que adormeces agora, todas as noites, cada vez mais longe de mim.