sexta-feira, 28 de julho de 2006

[ Incógnita ]




Não compreendo. E irrita-me concluir que o facto de não compreender é um dos aspectos que mais me atrai.

Tento aproximar-me. Aproximar-te. Aproximar-nos. E, quando o consigo, rapidamente destruo tudo o que tinha construído até aí. Deito tudo a perder. E recomeço, invariavelmente, contigo.

Voltar a olhar para mim como um amontoado de possibilidades, de caminhos e de estradas que me podem fazer feliz.
Como uma noite de inesperados acontecimentos que nos podem fazer chorar, sorrir, gritar ou morrer. Mas que nos surpreendem, nos afectam, nos obrigam a pensar. E nos atraem e afastam num jogo confuso de sedução em que vale tudo excepto prolongá-lo até que chegue a luz do dia.

[ ? ]

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Hoje tive um sonho...




Mas não vou contá-lo. Não to posso contar. Só para não estragar a estranha felicidade da imaginação.
E que estranha é uma felicidade que não chega a cumprir-se, que não existe a não ser no pensamento...

Querer acreditar em ti mais do que em qualquer outra coisa e, ao mesmo tempo, desejar nunca ter acreditado em ti. Nem sequer na tua existência. Principalmente na tua existência. Que no início me pareceu tão próxima. Tão fácil de alcançar.

Podias ter-me avisado, enquanto me abraçavas, que na verdade havia uma distância tremenda entre os nossos corpos colados que eu não era capaz de ver nem de sentir.
Um abismo cheio de vazios que nos separa e afasta sempre mais de cada vez que estamos juntos e nos tocamos.

Um toque que vai morrendo devagar a partir do momento em que nasce, até que eu fico sozinha a vê-lo desaparecer.

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Mas foi só um sonho.

segunda-feira, 3 de julho de 2006

** Desejo-te as estrelas **




Porque o mais importante é sempre o que não foi dito... Os espaços brancos entre as palavras.

É bom saber que chegaste a casa. Desejo-te as estrelas, meu amor.

E amanhã quem te vai dizer que eu olhei para ti durante toda a viagem? A querer-te com todas as minhas forças... e tu tão longe de acreditar. O conceito de proximidade é estranho.

Neste momento estou à tua espera (mas... não estarei sempre?), e talvez nem venhas. Ao som desta música hei-de amar-te sempre.

És lindo, sabias?

E eu continuo a desejar-te as estrelas. Mas ainda mais a tua presença aqui.
É esta a minha última fraqueza que o meu amor por ti, ainda que tão grande e tão fora dos limites da vida, não consegue curar...