sábado, 3 de maio de 2014



Ela não se lembra das horas.
Só daquela sensação sufocante de quando a distância ganha contornos quase palpáveis de tão imensa dentro do peito. E deixa de ser conceito para se transformar em matéria, ainda que feita de ausência.

O dicionário pousado em cima da mesa tem riscadas todas as palavras mágicas. Riscou-as à medida que foi deixando de saber sussurrá-las. E deixou-as escapar, mergulhada no receio de que o tempo que resta não seja suficiente para as reinventar.







6 comentários:

Anónimo disse...

A elegancia com que escreve as palavras é linda. Excelente.

Anónimo disse...

Que lindo...continuarei aqui...me alimentando das tuas doces palavras...que sempre alegram meus dias.

CLÁUDIA disse...

Muito obrigada aos que ainda me vão acompanhando, mesmo depois de tanto tempo de ausência.

Anónimo disse...

Sempre espero belas palavras de você....suas palavras me inspiram.....

João disse...

Talvez o dicionário se abra um dia a novas páginas, feitas de palavras feitas de alma e esperança

Beijos depois de muito tempo (de dentro da máquina do tempo)

Melga do Porto disse...

A magia dos momentos é de facto inalterável no ser e estar, mas o tempo as vai corroendo qual maresia no ferro das varandas. Acreditar na magia é nosso destino e dever, por tal raspo cada varandim e o pinto de novo...até à próxima maresia!