Não sei o nome desta noite.
E aposto que é por tua causa.
Desalinhas-me as coordenadas interiores e, em vez de me
perder, encontro-me.
Os teus dedos
acentuam-me os contornos da alma.
E enquanto me afagas os cabelos eu embrenho-me nas tuas mãos,
que já não são as tuas mãos, porque é insustentável continuarmos a ser dois e,
por isso, os teus braços subitamente também fios do meu cabelo.
E enquanto sou um prolongamento de ti, com os cabelos
desalinhados, a lua confessa-me que esta noite se chama Saudade.
4 comentários:
e andar de maos dadas....aos saltos lado a lado?e dizer.te sussurando.te aos berros que estou a experimentar coisas nunca dantes experimentadas?posso fazer.te cócegas na alma?:P
http://www.youtube.com/watch?v=EqWEkam9H4w
Se não formos prolongamentos de ninguém, mas apenas nós próprios, temos menos noites chamadas saudade. :*
Querida Cláudia
Nós somos o "prolongamento" de toda a gente... contudo, apreciamos alguns fios de cabelo em particular...
Beijo
Daniel
Enviar um comentário