Tantos ventos que me tocam a pele.
Uns são de hoje ou de ainda ontem.
Outros são já só ventos da memória. Mas não se sentem menos por causa disso.
E revolvem tudo à sua passagem.
Brisas antigas que escaparam ardilosamente da palavra "passado" e se fazem presentes.
E o vento cerca-me. E o vento prende-me. E o vento abraça-me.
Estranha compreensão essa, do tempo em relação aos ventos.
Prolonga-os num contínuo que só a nós escapa.
Porque nós concebemos a palavra Fim.
Mas o tempo não.
7 comentários:
Posso dizer?
G E N I A L !
F A N T Á S T I C O !
Dizes tudo, aliás... como sempre.
Um beijo.
Gosto muito do texto, escreves sempre muito bem.
Conheço bem esses ventos.
Ás vezes estão mais dentro de nós do que fora.
Espero que tenhas tido uma divertida noite de S. João.
Beijinhos.
bons são os ventos de mudança...
abraço
Tinha saudades das palavras que aqui se encontram...
Beijos
Oh é sempre bom saber que alguém gosta do meu blog e de passar por lá todos os dias :D
"Porque nós concebemos a palavra Fim.
Mas o tempo não."
Não há melhor definição para explicar o efeito das memórias, das recordações no momento em que vêm ao de cimo.
É uma perfeita percepção do que sucede.
Bjs
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