E foi assim que ela lhe disse que ia embora.
Não houve despedida.
As despedidas não são mais do que prolongamentos sado-masoquistas de instantes que em algum momento no tempo foram felizes.
Prolongamentos com tentáculos viscosos e espessos de nostalgia e ventosas de saudade, que se agarram com desespero ao momento presente e lhe roubam o ar, num aperto fatal que dói e sufoca.
Foi assim que ela lhe disse.
Não houve despedida.
Não há despedida quando se quer ficar.