Uma noite destas, enquanto acariciavas o meu cabelo com as tuas mãos (que às vezes ainda são minhas), disseste-me que eu era linda...
E fizeste a minha alma dançar ao ritmo do desejo frenético que tenho de ti.
E, subitamente, percebi que podemos sempre acreditar. Nem que seja apenas e só naquele momento. Naquele breve instante compassado pelo movimento dos nossos olhares em busca um do outro, pelos nossos gestos de entrega incondicional... Porque o resto do mundo cala-se. Todos os outros ritmos se silenciam para ficar apenas a melodia líquida de uma união que nos ultrapassa e não sabemos compreender.
Hoje apetecia-me tanto dançar outra vez contigo. Lembras-te quando dançávamos?...