Algumas vezes, depois da porta se fechar, ela tem vontade de deitar fora a mala.
Deitá-la fora, assim... sem mais.
Talvez dessa forma possa fazer de conta que fica para sempre e adiar indefinidamente o momento da partida.
Deixar apenas guardado no bolso o necessário para respirar. E meia hora em que possa caber uma vida inteira. Ou várias.
Talvez seja o que baste. Isso e o improviso de um abraço quando se está junto mas, ainda assim, é urgente estar mais junto.
Para além da mala, deitar fora também os mapas e as agendas e os ponteiros e os dias arquitectados... e guardar só o oxigénio e a coragem.
Essa. A de seguir e seguir sempre para um dia, finalmente, poder ficar.
A de seguir inteira, com o coração todo, mesmo que seja pecado.
Desembainhar a espada e, enquanto a luta se trava, ser só vontade de permanecer na urgência do abraço!