quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Nobody knows. Nobody sees. Nobody but me.




Ninguém mais conhece este silêncio cheio de ruídos banais que torna tão consciente o facto de não estares aqui.

Ninguém vê as coisas comuns que continuam a acontecer e que materializam a tua ausência nos meus dias.

Ninguém sabe deste medo tão grande que paralisa, que se entranha na pele e ocupa o espaço todo do vazio que ficou.

Ninguém entende esta assimetria na alma que me divide entre a certeza de que não há mais nada a dizer... e a vontade parva de te dizer tudo o que já sabes outra vez.

Ninguém sabe. Ninguém a não ser eu.
E tu... Sim. Talvez tu.

Tu. Que adormeces agora, todas as noites, cada vez mais longe de mim.




terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

And time goes by so slowly...




Foi a última vez que ela deu tudo.

Sabia-o agora sem a menor dúvida. 

Esbarrou naquele pensamento, naquela frase,

( Foi a última vez que eu dei tudo ),

como se fosse uma parede intransponível.

Ás vezes é assim.

Os pensamentos não têm portas para abrir que permitam atravessá-los.

Não há saídas, nem espaços à volta das palavras para contornar.

E fica só o tempo a passar.



 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pode o céu ser tão longe?...




" Vesti a luz do teu nome
E chamei-te pela noite
Entraste no meu sono
Como o luar entra na fonte
Trazes histórias e proezas
Dizes que tens tanto pra me dar
Deixas sombras, incertezas
E partes sem nunca me levar

E de repente

Um mar sozinho
Ninguém na margem
Ninguém no caminho
Tão frio
E o teu beijo
Mata-me a distância
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora
Porque o teu mundo
É tão longe

Tão longe
Pode o céu ser tão longe

Tão longe
Tão longe
Se a tua voz vive em mim... "